Você já parou para observar o que
tem dito ou desejado na vida do outro? Não se preocupe, esse não é mais um
texto no estilo palavras-tem-poder. Não. Esse texto é mais pra fazer a gente
pensar.
Primeiro. Hoje eu acordei daquele
jeito, sabe? Alegre, falante, mas também de ovo virado: falou besteira do meu
lado, levou um tapa na cara bem dado. Daí, li uma asneira imensa no Facebook:
Ela tem câncer e ele morre! Sim, o post era referente ao filme e ao livro A Culpa
é das Estrelas... me arrepiei todinha. Se fosse um gato, meu pelos estariam
todos de pé e eu estaria sibilando.
Mas calma. A minha reação não foi
apenas pelo fato da criatura ter falado mal do filme/livro. Mas sim porque ela
resumiu uma história que aborda morte, amor, perda, dano, superação e
questionamentos de forma filosófica de forma tão trivial. O que quero dizer é:
ela simplesmente julgou sem se quer ter lido...isso me deixou chateada. A
pessoa tem todo direito de odiar a obra, mas por favor, respeite quem absorveu
algo dali.
Segundo: Cansado do Facebook, fui
tirar a poeira do twitter e vejo a frase de um vlogger desejando que outro
vlogger superfamoso fosse estuprado por um gringo durante a Copa do Mundo.
Pronto, meu sangue ferveu com tamanha ignorância.
Cara, se você tem inveja de
alguém, xinga, odeia, mas por favor, nunca, jamais deseje que essa pessoa seja
estuprada, sequestrada ou sofra atentados a sua dignidade. Sabe por que? Porque
quando você fala: “espero que fulano de tal seja estuprado durante a Copa” está
incentivando outros a falarem burrices maiores ainda.
Então, os seguidores desse
vlogger responderam coisas do tipo: “ele ia gostar de ser estuprado, seria um
elogio pra ele”. Meu...meuuuuu...presta atenção no que você escreveu pelo amor
de Deus...Você simplesmente disse que cada vítima de estupro no mundo quis,
gostou e mereceu o abuso sofrido. Você tem noção do tamanho do absurdo que
acabou de dizer? Eu acho que não.
Quando uma pessoa é estuprada ela
é roubada naquilo que até então ninguém poderia lhe tirar: direito ao próprio
corpo. É obrigada a ceder o corpo pra um desconhecido como se fosse um mero
objeto, seu direito a segurança do próprio corpo é arrancada dela e a segurança
de andar sozinha. Você não confia em mais ninguém...o direito de escolher a
quem se entregar foi roubado de você como se você fosse uma boneca inflável.
Fora os incontáveis traumas emocionais e psicológicos. Daí vem alguém no
Twitter e fala que fulano ia gostar de ser estuprado.
Por favor, aprendam que tudo que
se escreve é lido e vivemos numa época que a informação está a penas um click de
nossas mãos. Leiam, se informem, não falem do que vocês não sabem e não repitam
o erros dessas pessoas. O estupro é um crime hediondo: é fazer um ser humano se
tornar um objeto sem vontade própria, sem direito ao próprio corpo e vontades!
Bom, fica aqui a
reflexão...espero que vocês tenham entendido!
E respondendo a pergunta: nunca
fui estuprada, mas conheço pessoas que foram!
Quanto mais realista melhor é o livro.É uma tendência atual para prender o leitor e transportá-lo a um mundo quase real.Gostei da história não só por ser real mas por ter sido baseada em um fato que de fato aconteceu.
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